XII ENCONTRO NACIONAL DA APARF



Nos dias 25 e 26 de Março decorreu em Fátima, no Seminário do Verbo Divino, o XII Encontro Nacional da APARF, tendo por tema “30 anos – Prevenir para erradicar”. Na realidade 2017 é um ano de efemérides marcantes para a Associação pois cumpre 30 anos de existência e o Núcleo Regional do Porto/Gondomar completa 25 anos de actividade. Entre colaboradores, associados e amigos congratulamo-nos por termos promovido o encontro, fraterno e amistoso, de cerca de 70 pessoas.
O Programa foi cumprido conforme previsto. A abertura dos trabalhos foi inaugurada pelo Dr. Vítor Borges, Presidente da Direcção da APARF. Seguiu-se um pouco da história dos 30 anos da Instituição, apresentada pela Drª Rosa Celeste, antiga Presidente da Direcção da Associação, e pelo P. José Vieira, Provincial dos Missionários Combonianos. Relembramos que foram estes Missionários que estiveram na origem da Instituição.
Contámos também com a presença de D. Miguel Sebastian, bispo de Laï, no Chade, que a todos emocionou com as histórias de missão. A APARF apoia, desde 2010, o Hospital St. Michel de Dono Manga, propriedade da sua Diocese.
O dia terminou com uma caminhada nocturna ao Santuário de Fátima. O frio e a chuva foram apenas companheiros de caminho.
A manhã de Domingo foi integralmente preenchida pelos testemunhos de um dos bens mais preciosos da APARF – os seus voluntários. Nestes se incluem os dinamizadores das campanhas do Dia Mundial dos Leprosos, em Portugal, seus Grupos Locais e Núcleo Regional. E neles se incluem, também, os actores no “terreno” que partiram para África onde trataram doentes e promoveram o desenvolvimento integral das populações onde estiveram inseridos.
O Encontro terminou com a celebração da Eucaristia presidida por D. Miguel Sebastian, bispo missionário comboniano.

 

“Um país só é um grande país se for capaz de muito amor”, são palavras proferidas por Raoul Follereau, há cinquenta anos, na Sorbonne. Os nossos Sócios, Colaboradores e Amigos benfeitores, sustentáculos da APARF, provam a sua veracidade há trinta anos; os beneficiários comprovam-nas.
Bem hajam a todos!



 

TESTEMUNHOS

Do Encontro em que estive presente, desta vez com a minha nora, gostei de tudo. Gostei em especial, com maior recordação do bispo que está em missão em África e também todos aqueles que vão e estão em missão por todo o mundo ajudando as pessoas que necessitam.
Foi com enorme alegria que revi todos aqueles amigos que juntos formam a grande família que é a associação da APARF.
Tenho muita pena que o Encontro não se realize todos os anos…
A minha nora adorou tudo e espera poder voltar.
Com os maiores cumprimentos,

Lucília Vaz Marques

 

APARF! Muitos ouvem falar: mas quem sabe o que é? Eu também não sabia muito bem até que: (deixo o meu simples testemunho)
Foi num fim de dia e após uma reunião de catequistas, que eu ouvi perguntar: alguém quer vir comigo a Fátima no próximo fim de semana? Vai haver um Encontro da APARF e era a Ana... Não posso explicar o que se passou comigo que de imediato disse: eu vou. Após ter respondido senti que alguém me chamava para uma experiência nova.
Assim foi, lá fomos de mala feita para Fátima a caminho da Casa Verbo Divino depois da Ana ter ido buscar mais 2 pessoas.
Eu só conhecia a  Ana, mas depressa fez a todos a minha apresentação. A partir desse momento comecei a ver como trabalhavam e falavam, dava a sensação que tinham estado juntos no dia anterior.
Simplicidade, amor pelos mais pobres e doentes os testemunhos que foram dados, desde o Bispo ao padre, religiosas, voluntários (que já estiveram no activo em África, no interior com os mais pobres e doentes)... Todos os demais presentes deram testemunhos com alegria, também preocupação por aqueles povos tão famintos de carinho, amor e com falta de quem lhes diga: “ESTOU AQUI, venho viver convosco durante um tempo, vamos estar juntos”. Desde as crianças aos mais idosos todos precisam de uma coisa que se chama AMOR.
Foram muitos os temas abordados, pois há que arranjar meios financeiros para que tudo funcione o melhor possível. Os participantes desdobraram-se em ideias para que haja mais condições para esta gente necessitada. A Ana foi um exemplo, no seu rodopiar constante, seus olhos que brilhavam a cada novo acontecimento. Falo assim porque é a pessoa que está mais perto de mim e conheço a forma dela estar perante o dia a dia. No entanto o encantamento e a vontade de ajuda eram iguais em todos os rostos. Os padres presentes foram exemplo no modo simples de doação ao próximo. Estou a escrever com a Alma na voz, porque após ter vivido, sim vivido, porque eu já fazia parte de um Grupo ao qual não pertencia, mas ao qual vou passar a pertencer. Deus atua em nós tão delicadamente, que nos fascina e nada podemos negar. Desde aquele dia quis fazer parte de um Grupo e de uma causa tão nobre que é: APARF.

Alda Wilson